Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the bdthemes-element-pack domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /var/www/vhosts/clubebet.com/sitesdeapostasdesportivas.com/wp-includes/functions.php on line 6121
2022 em revista: Dos Jogos Olímpicos de Inverno ao Mundial do Qatar, direitos humanos estiveram a ordem do dia no desporto – Sites de Apostas Desportivas

2022 em revista: Dos Jogos Olímpicos de Inverno ao Mundial do Qatar, direitos humanos estiveram a ordem do dia no desporto

Os dois maiores eventos desportivos à escala global do ano de 2022 foram marcados por inúmeros protestos associados a questões ligadas aos direitos humanos.

China, que acolheu os Jogos Olímpicos de Inverno no início do ano, e Qatar, que organizou o Campeonato do Mundo de futebol a fechar, viram-se no epicentro da polémica devido à violação por parte dos seus regimes políticos dos mais básicos  e fundamentais direitos de qualquer ser humano.

Boicotes diplomáticos e contestação ao regime chinês marcam Jogos Olímpicos de Inverno

Os Jogos Olímpicos de Inverno arrancaram a 4 de fevereiro, em Pequim, mas mais do que na cerimónia de abertura e os eventos desportivos que se seguiram ao longo dos 15 dias de competição, os olhos estiveram postos nos abusos dos direitos humanos, em particular dirigidos à minoria uighur, na China.

Classificada pelos Estados Unidos da América como genocídio, a perseguição à população uighur em Xinjiang, aliada ao tratamento aos tibetanos e à repressão de liberdades em Hong Kong levaram a que não só os EUA anunciassem um boicote diplomático aos Jogos, limitado-se à presença desportiva dos seus atletas.

Depois de EUA, também o Reino Unido e outros países seguiram o exemplo, com o Parlamento Europeu a recomendar igualmente aos seus Estados-membros um “boicote diplomático e político”. Portugal não teve também representação política nas cerimónias de abertura e encerramento.

As polémicas quanto à realização do evento não se ficaram, contudo, por aí, com o desaparecimento da tenista Peng Shuai, que acusou um antigo governante de a violar, a dar também que falar em virtude da proximidade do Comité Olímpico Internacional (COI) ao Governo chinês, com críticas por parte de ativistas e associações humanitárias relativas à forma como tudo terminou sem repercussões.

Direitos dos trabalhadores, discriminação sexual e proibição de mensagens políticas mancham Mundial

Mas se nos Jogos Olímpicos de Inverno a questão dos direitos humanos esteve na ordem do dia, o que dizer do Mundial do Qatar? A polémica tinha estalado há já vários anos, desde a atribuição da organização da prova àquele país do Médio Oriente, por ser um dos mais rígidos no que toca à limitação de liberdades e pela morte de um número considerável de trabalhadores migrantes na construção dos estádios e de outras infraestruturas.

Com o aproximar (e desenrolar) da prova, todas essas questões voltaram a vir ao de cima. Mais de 6500 trabalhadores terão perdido a vida, de acordo com dados de organizações internacionais como a ‘Human Rights Watch’. Muitos mais terão sido explorados, trabalhado em condições aterradoras, com temperaturas a rondar os 50 graus.

Perante isto, as críticas nas semanas que antecederam a cerimónia de abertura as críticas da sociedade subiram de tom. Portugal não ficou alheio à polémica, sobretudo depois das palavras de Marcelo Rebelo de Sousa antes da partida da Seleção Nacional para o Qatar, dando que falar a presença de altos representantes portugueses a nível oficial na prova.

A questão dos direitos humanos foi seguindo sempre a par do futebol jogado dentro das quatro linhas, com algumas seleções a fazerem questão de deixar – de forma mais ou menos camuflada – bem vincada a sua posição, perante a proibição da FIFA em que quaisquer tipo de mensagens políticas (mesmo que em defesa dos direitos humanos) fossem exibidas. Na memória fica, por exemplo, a invasão de campo por parte de um ativista dos direitos humanos durante o Portugal-Uruguai.

Direitos das mulheres no Irão e outras lutas

As questões ligadas aos direitos humanos o mundo do desporto em 2022 não se ficaram, pelos Jogos Olímpicos de Inverno e pelo Campeonato do Mundo de futebol.

No Irão, deu que falar a luta pelos direitos das mulheres. Por exemplo, pela possibilidade de estas entrarem num estádio para assistirem a um jogo ou, depois da morte da jovem curda Mahsa Amini, sob custódia da polícia, depois de ter sido detida por não usar adequadamente o véu islâmico.

E no ténis, mais concretamente em Wimbledon, a luta tem sido por amenizar as regras relativas à roupa branca, sobretudo na tentativa de “colocar a saúde das mulheres em primeiro lugar e apoiar as tenistas com base em suas necessidades individuais”.

Artigos Relacionados