Sochi, 30 de junho de 2018. Portugal dizia adeus ao Mundial 2018, eliminado pelo Uruguai após uma derrota por 2-1. Quis o destino que, quatro anos depois, as duas seleções se voltassem a defrontar, no Mundial 2022, agora a fase de grupos.
A Seleção vai, esta noite, a partir das 19h00 de Lisboa (22h00 no Qatar), no Estádio Lusail Iconic, tentar desforrar-se desse desaire de há quatro anos na Rússia e somar um triunfo que lhe valerá desde já o apuramento para os oitavos-de-final deste Campeonato do Mundo (e que poderá até servir para selar o 1º lugar no Grupo H, caso a Coreia do Sul não vença o Gana horas antes, no outro encontro da 2ª jornada do grupo).
Depois da vitória, com algum sofrimento à mistura, sobre o Gana, por 3-2, na jornada inaugural, Portugal lidera isolado o grupo, com três pontos, mais dois do que o Uruguai, que na estreia não foi além de um nulo ante a Coreia do Sul, apesar de ter enviado duas bolas aos postes nesse encontro.
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Os uruguaios contam na sua equipa com alguns nomes bem conhecidos do futebol português: os sportinguistas Seba Coates e Manuel Ugarte não saíram do banco no encontro com os coreanos, mas na frente de ataque o ex-benfiquista Darwin Nuñez (titular no primeiro jogo ao lado do veterano Luís Suárez) promete dar muitas dores de cabeça à defesa de Portugal. E no ataque o Uruguai conta ainda com outro veterano de renome, Edinson Cavani, autor dos dois golos da vitória sobre a ‘Equipa das Quinas’ há quatro anos.
Do lado de Portugal, Fernando Santos espera poder já utilizar Nuno Mendes e Pepe, a contas com problemas físico. O selecionador nacional poderá também proceder a algumas alterações no ‘onze’ inicial que entrou em campo, face à boa entrada em campo de homens como William Carvalho ou Rafael Leão quando saltaram do banco frente ao Gana.
Momento de forma
O Uruguai só perdeu um dos dez jogos que disputou no ao de 2022 até à data. Foi frente ao Irão, por 1-0, num jogo de preparação pouco antes do arranque deste Mundial (venceu sete e empatou dois dos restantes nove).
Nos últimos cinco jogos que disputou, contudo, o Irão não marcou golos em três (para além dessa derrota com o Irão e do nulo com a Coreia, empatou também a zeros com os Estados Unidos, em mais uma partida amigável).
Portugal, por seu lado, vem de duas vitórias nos últimos dois jogos (triunfo sobre a Nigéria, por 4-0, no derradeiro jogo de preparação para este Mundial, para além do êxito de quinta-feira diante do Gana). Antes, porém, tinha perdido dois dos últimos três jogos oficiais que havia disputado (ambos por 1-0, frente a Espanha e Suíça).
Em 2022, a Seleção das Quinas já disputou dez jogos, tendo vencido sete, empatado um e perdido dois (as referidas derrotas ante espanhóis e helvéticos, ambas a contar para a Liga das Nações). Portugal marcou 23 golos e sofreu apenas seis nos dez encontros disputados no corrente ano.
Histórico de encontros
O embate dos oitavos-de-final do Mundial da Rússia, em 2018, foi apenas o terceiro embate de sempre entre as duas seleções. Cavani foi a figura desse encontro, com um bis. Abriu o marcador logo aos sete minutos, e selou depois o triunfo, aos 62, sete minutos depois de Pepe ter empatado para Portugal.
Antes, muito antes, em 1972, Portugal e Uruguai tinham empatado 1-1 no Rio de Janeiro, em encontro da Taça Independência, competição que fez parte das comemorações do centésimo quinquagésimo aniversário da independência do Brasil. Jaime Graça marcou o golo que evitou a derrota de Portugal nesse jogo.
O primeiro embate foi de cariz amigável e teve lugar a preparação o Mundial 1966. Portugal venceu por 3-0 no Jamor, com um hat-trick de José Torres. Quer isto dizer que o histórico de encontros entre Portugal e Uruguai apresenta grande equilíbrio: em 3 jogos, uma vitória para cada lado e um empate.
O que dizem os selecionadores
Fernando Santos, selecionador de Portugal: “Uma equipa que evolui normalmente em 4x4x2, o Darwin fechava à esquerda quando defendiam, mas a atacar ia para o meio. Não me parece muito distinta. Uma equipa forte, equilibrada, que sabe aproveitar os momentos do jogo. Têm ataque rápido, continuam a ser fortes no cruzamento. É também uma equipa que permite ao adversário jogar na sua zona, mas pode ser para chamar. “
Diego Alonso, selecionador do Uruguai: “Os jogadores que jogam em Portugal, como o Coates, o Ugarte e até o Darwin, que jogou no Benfica, ajudam a desmontar melhor a equipa portuguesa e claro que naturalmente lhes fizemos perguntas. Mas isso não significa que tenham jogado diante de Portugal. Somos um grupo e ajudamo-nos uns aos outros.
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