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Cromos da História dos Mundiais: Dino Zoff, o guarda-redes que mostrou que nunca é tarde para se ser campeão do Mundo – Sites de Apostas Desportivas

Cromos da História dos Mundiais: Dino Zoff, o guarda-redes que mostrou que nunca é tarde para se ser campeão do Mundo

Data de Nascimento: 28/02/1942

Nacionalidade: Itália

Presenças em Mundiais: 4 (1970, 1974, 1978, 1982)

Jogos em Mundiais: 17

Golos em Mundiais: 0 (guarda-redes, 16 golos sofridos)

Títulos em Mundiais: 1 (1982)

Um dos melhores guarda-redes de todos os tempos, lenda viva do futebol italiano, Dino Zoff teve uma carreira com uma longevidade difícil de igualar. Com reflexos fantásticos e um incrível sentido posicional, era capaz de fazer defesas inacreditáveis e tinha uma característica fundamental em todos os grandes guarda-redes: era um grande líder em campo. Mas teve de subir a pulso no futebol para chegar, enfim, ao topo do mundo…aos 40 anos de idade.

Efetivamente, Zoff só chegou a um grande clube – a Juventus – aos 30 anos. E a glória na seleção de Itália só chegou no Mundial de 1982, quando já muitos o consideravam ultrapassado e colocavam em causa a sua presença como titular da baliza da ‘Squadra Azzurra’. Mas Zoff não se deixou incomodar, brilhou a grande altura na defesa das redes transalpinas (enquanto Paolo Rossi brilhava lá à frente) e acabou mesmo por festejar a conquista do título mundial, tornando-se no jogador mais velho de sempre a sagrar-se campeão do mundo de futebol, o que faz dele, inevitavelmente, um dos maiores Cromos da História dos Mundiais.

Um afirmar tardio para um dos melhores guarda-redes da História

Dino Zoff nasceu em fevereiro de 1942 nos arredores de Veneza. O futebol esteve longe de ser uma prioridade em jovem: ajudava o pai, trabalhava numa oficina e só nos poucos tempos livres tinha oportunidade de se distrair com o ‘desporto-rei’. Mas sempre quis ser guarda-redes e a sua qualidade acabou por falar mais alto.

Aos 15 anos, com a família já a viver noutras condições, Zoff pôde dedicar-se mais a sério ao futebol. Começou a atuar num pequeno clube da sua cidade natal, mas tardou a despertar a atenção de olheiros que iam assistir aos jogos – consideravam-no demasiado baixo para se tornar profissional na posição de guarda-redes. Parecia destinado a um futuro como mecânico mas, até porque acabou por crescer mais um pouco, finalmente alguém deu por ele, levando-o para a Udinese em 1961.

A estreia pela equipa principal do clube de Udine foi em setembro de 1961, frente à Fiorentina, mais de 20 anos antes de se vir a sagrar campeão do mundo. E não correu lá muito bem: Zoff foi buscar a bola ao fundo as redes por cinco vezes, com a Udinese a perder em Florença por 5-2. Zoff acabaria por jogar apenas quatro partidas nessa temporada, com a Udinese a acabar por ser despromovida à Serie B, segundo escalão do futebol italiano.

Em 1963, Zoff mudou-se para o Mantova e voltou à Serie A, afirmando-se como titular. O Mantova, contudo, também acabaria por se ver despromovido, em 1965, ainda que as críticas ilibassem o guarda-redes de grandes responsabilidades. Prova disso o interesse de AC Milan e Nápoles na sua contratação. Zoff optou por rumar ao clube do sul do país e foi no Estádio San Paolo que começou a ser isto como um dos melhores guarda-redes de Itália. Ao ponto de ser pela primeira vez chamado à seleção, em 1968. E a estreia pela ‘Squadra Azzurra’ foi de fogo, com a Itália a precisar de virar uma eliminatória com a Bulgária para chegar à fase final do Europeu de se ano.

A Itália venceu por 2-0 e acabou mesmo, depois, por se sagrar campeã da Europa com o então ainda relativamente jovem Dino Zoff na baliza, que assim conquistava o seu primeiro troféu como jogador pela seleção. Os primeiros troféus ao serviço de clubes, porém, só chegaria mais tarde, quando, aos 30 anos de idade, em 1972, rumou à Juventus, onde se tornaria num ídolo, conquistando um total de seis títulos de campeão, para além de uma Taça UEFA. Pelo meio, continuou como titular da baliza de Itália…até à tal glória final de 1982.

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Lutar pelo sonho do Mundial e concretizá-lo quando já poucos acreditavam

Depois de ter sido titular na vitória da Itália no Europeu de 1968, Zoff foi convocado para o Mundial de 1970. Acabou, porém, por não alinhar em nenhuma partida da caminhada da Itália rumo à final, relegado para o banco pelo regressado Enrico Albertosi.

Conquistou em definitivo a titularidade na seleção após esse Campeonato do Mundo e chegou em grande ao Mundial de 1974, vindo de um período de quase dois anos (12 jogos) sem sofrer golos em jogos pela ‘Squadra Azzurra’: ao todo foram 1142 minutos sem ir buscar a bola ao fundo das redes, registo que constituía, então, um recorde internacional.

Só que a Itália desiludiu e muito nesse Mundial’74: até começou por vencer o Haiti por 3-1 (que até esteve a ganhar, com o golo que pôs fim ao registo recorde de Zoff), mas empatou a seguir com a Argentina (1-1) e perdeu no terceiro jogo com a Polónia (2-1). Zoff despedia-se desse Campeonato do Mundo, na Alemanha, a sofrer golos em todos os jogos (quatro sofridos, ao todo, em três jogos).

Determinado a levar a Itália ao título, voltou para o Mundial 1978, na Argentina, então já com 36 anos. Aí, a Itália acabou por terminar no quarto lugar, com titular nos sete jogos e a não sofrer golos em três (incluindo no embate com a seleção da casa, que viria a erguer o troféu). Uma derrota por 2-1 frente aos Países Baixos arredou os transalpinos da final e no encontro de atribuição dos terceiro e quarto lugares a Itália acabou batida pelo Brasil igualmente por 2-1. Zoff despedia-se desse Mundial com seis golos sofridos em sete jogos e pensou-se que já não iria cumprir o sonho do título de campeão do mundo.

Puro engano. O Mundial de 1982 viria a ser mesmo o grande momento da sua carreira! Muitos viam-no já como demasiado velho para aquelas andanças, mas Zoff, então com 40 anos, foi mesmo convocado, foi titular, e calou os críticos.

Com Zoff a envergar a braçadeira de capitão e a tentar ‘segurar as pontas’ de uma Itália em que poucos acreditavam, a ‘Squadra Azzurra’ tremeu, e muito, na primeira fase da competição, com três empates, frente a Peru, Polónia e Camarões (um nulo e duas igualdades a um golo). E, enquanto aquele que viria a ser a estrela maior da competição – Paolo Rossi – não começou a marcar, foi mesmo Dino Zoff o esteio da equipa.

Apurados no limite para a fase seguinte, os italianos iriam brilhar a grande altura a partir daí: vitória por 2-1 sobre a Argentina e, depois, o jogo de que toda a gente se lembra: um jogo em que Rossi foi a estrela, mas em que Zoff também foi preponderante. Antes e depois do hat-trick do avançado, o guarda-redes brilhou a grande altura.

Nas meias-finais Zoff manteve a sua baliza a zeros no triunfo por 2-0 sobre a Polónia. Na final, a adversária foi a República Federal da Alemanha e a Itália venceu por 3-1, sagrando-se campeã do mundo pela terceira vez na história. Zoff cumpria o sonho do título e erguia o troféu de campeão do mundo de futebol…aos 40 anos de idade!

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E depois do título mundial?

Concretizado o sonho do título mundial pela Itália, Zoff ainda jogou mais temporada pela Juventus, conquistando a Taça de Itália e perdendo a final da Taça dos Campeões frente ao Hamburgo. Também ainda disputou mais alguns jogos pela seleção italiana, despedindo-se em maio de 1983, com 112 internacionalizações. Um recorde na altura.

Depois de pendurar as luvas, Zoff teve uma carreira de 13 temporadas como treinador. Guiou a sua Juventus à conquista de uma Taça Uefa e uma Taça de Itália, orientou também a Lazio (por duas vezes) e a Fiorentina. Pelo meio foi selecionador de Itália e conduziu a ‘Squadra Azzurra’ à final do Europeu de 2000. Mas é o seu percurso como guarda-redes que faz dele um dos melhores futebolistas de todos os tempos, cuja longevidade marcará para sempre a história dos Campeonatos do Mundo.

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