Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the bdthemes-element-pack domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /var/www/vhosts/clubebet.com/sitesdeapostasdesportivas.com/wp-includes/functions.php on line 6121
Frente Cívica pede boicote do Mundial a Presidente e primeiro-ministro – Sites de Apostas Desportivas

Frente Cívica pede boicote do Mundial a Presidente e primeiro-ministro

A Frente Cívica pediu hoje ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e ao presidente da Assembleia da República que boicotem o Mundial2022 de futebol, no Qatar, devido ao abuso de direitos humanos naquele país.

“Consideramos que esta iniciativa não pode ser apoiada a qualquer nível por instituições democráticas e defensoras dos direitos sociais e garantias civis”, pode ler-se numa carta assinada pelo presidente da Frente Cívica, Paulo de Morais.

A carta da associação é endereçada ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ao primeiro-ministro, António Costa, e ao presidente da AR, Augusto Santos Silva.

“Infelizmente, demasiadas entidades, públicas e privadas, políticas e empresariais, a nível nacional e internacional, têm pactuado com todos estes abusos, emprestando aos organizadores deste evento um manto de legitimidade e respeitabilidade que não merecem”, adianta a missiva.

Segundo a associação, seriam “imorais e ilegítimos quaisquer gestos de legitimação, e até de celebração, desta barbárie civilizacional”, lembrando que as Câmaras de Lisboa e Porto não instalaram zonas de adeptos, como outras cidades europeias.

A Frente Cívica lembra os abusos de direitos humanos naquele país durante os preparativos e trabalhos de construção de infraestruturas, sobretudo de trabalhadores migrantes, bem como os abusos dos direitos de mulheres, os condicionamentos à liberdade de imprensa e a corrupção em torno da atribuição, pela FIFA, do torneio àquele país.

“Apelamos às três figuras cimeiras do Estado português que recusem deslocar-se ao Qatar para assistir presencialmente a qualquer jogo do campeonato do Mundo. Portugal é mais do que uma equipa de futebol ou um evento desportivo”, pode ler-se na carta, lembrando a Constituição da República Portuguesa.

Embora as autoridades do Qatar neguem, várias organizações apontam para milhares de mortes naquele país entre 2010 e 2019 em trabalhos relacionados com o Mundial, com um relatório do jornal britânico The Guardian, de fevereiro deste ano, a cifrar o valor em 6.500 óbitos, número que muitos consideram conservador.

Além das mortes por explicar, o sistema laboral de ‘kafala’ e os trabalhos forçados, sob calor extremo e com longas horas de trabalho, entre outras agressões, têm sido lembradas e expostas há anos por organizações não-governamentais e relatórios independentes.

Ao longo dos últimos anos, numerosas organizações e instituições têm apelado também à defesa dos direitos de adeptos, e não só, pertencentes à comunidade LGBTQIA+, tendo em conta a perseguição de que são alvo em solo qatari.

Várias seleções, como Dinamarca, Austrália ou Estados Unidos, posicionaram-se ativamente contra os abusos ou a favor da inclusão e proteção quer dos migrantes quer da comunidade LGBTQIA+, tanto a viver no país como quem pretende viajar para assistir aos jogos.

O Campeonato do Mundo masculino de futebol vai decorrer entre domingo e 18 de dezembro, com a seleção portuguesa apurada e inserida no Grupo H, com Uruguai, Gana e Coreia do Sul.

Artigos Relacionados