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2023 em revista: Portugal recebe Mundial inédito que passa por três continentes

Faltam sete anos para o Mundial 2030, mas nunca se falou tanto sobre a competição como em 2023. O motivo é óbvio: pela primeira vez, Portugal será um dos anfitriões do Campeonato do Mundo, juntamente com Espanha e Marrocos. Foi no passado dia 4 de outubro que a FIFA confirmou este cenário inédito, sensivelmente sete meses depois de o país do Magrebe se ter juntado à candidatura ibérica.

“Dois continentes unidos não só em celebração do futebol, mas também na providência de uma coesão social e cultural únicas”, enalteceu Gianni Infantino, presidente da FIFA, referindo-se à escolha pela candidatura de Portugal, Espanha e Marrocos, personificando uma “grande mensagem de paz, tolerância e inclusão”.

Será a quinta vez neste século que Portugal recebe um dos eventos mais populares do futebol internacional: após ter organizado, em 2004, o Campeonato da Europa, o país recebeu duas finais seguidas da Liga dos Campeões, em 2020 (Estádio da Luz, em Lisboa) e 2021 (Estádio do Dragão, Porto) e, em 2014, acolheu a decisão da Champions feminina (Estádio do Restelo, Lisboa). No entanto, o Mundial 2030 será, sem dúvida, o maior evento desportivo de sempre em Portugal, mesmo não acontecendo exclusivamente em solo luso.

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A candidatura ao Mundial 2030 começou por ser uma parceria entre Portugal e Espanha, com os presidentes das duas federações de futebol, Fernando Gomes e Luis Rubiales (entretanto afastado após o polémico beijo a Jenni Hermoso), a fazerem uma declaração pública de intenções para avançar em outubro de 2020.

A parceria foi oficializada em junho de 2021 e, em outubro do ano passado, a Ucrânia juntou-se à proposta. Marrocos entrou em cena mais tarde, o que levantou algumas questões sobre a manutenção dos ucranianos na proposta, devido à suspensão de Andriy Pavlenko, presidente da federação ucraniana, que está a ser investigado por fraude e lavagem de dinheiro, e ao arrastamento da guerra contra a Rússia.

Durante o 47.º Congresso da UEFA, em abril deste ano, António Costa fez questão de incluir a Ucrânia no seu discurso de boas-vindas, mas a possibilidade de uma candidatura a quatro nunca chegou a avançar e o país liderado por Volodymyr Zelensky acabou por ficar de fora.

Ao longo do processo, várias outras candidaturas foram ficando pelo caminho, a começar pela tripartida que juntava Egito, Grécia e Uruguai, e, mais tarde, o Reino Unido e a Irlanda. Havia ainda uma proposta sul-americana, que juntava Uruguai, Argentina, Chile e Paraguai , que nos leva ao ponto seguinte.

Um Mundial, seis países e três continentes

Por ser a edição que vai assinalar os 100 anos do Campeonato do Mundo, a FIFA decidiu que as três primeiras partidas do Mundial 2030 serão realizadas no Uruguai, na Argentina e no Paraguai. Esta ‘invenção’ da FIFA implicaria que os seis países anfitriões usufruíssem de qualificação direta para a competição, algo que seria inédito – no entanto, o apuramento está garantido apenas para Portugal, Espanha e Marrocos.

As três nações sul-americanas tinham também formalizado uma candidatura conjunta, embaladas pela força do tal simbolismo de o primeiro Mundial da história, realizado em 1930, ter acontecido no Uruguai. Concedendo uma partida a cada país, o jogo inaugural em 2030 terá lugar no Estádio Centenário, em Montevideu, onde se jogou a final da primeira edição de sempre, ganha precisamente pelos uruguaios.

“Em 2030, teremos uma pegada global única: três continentes – África, Europa e América [do Sul] – e seis países – Argentina, Marrocos, Paraguai, Portugal, Espanha e Uruguai – acolhendo e unindo o mundo enquanto celebram juntos o jogo bonito, o centenário e o Campeonato do Mundo FIFA”, celebrou Gianni Infantino, em comunicado.

Nunca houve tantas nações a serem anfitriãs de um mesmo torneio da FIFA, que terá 48 seleções em prova e um total de 104 jogos previstos. O calendário terá de ser “adaptado” para proporcionar dias de descanso às equipas envolvidas na celebração do centenário na América do Sul, de acordo com a FIFA, que pretende ainda  “mitigar o impacto ambiental” da competição.

E agora?

O Estádio da Luz, em Lisboa, o maior recinto desportivo português, com uma capacidade a rondar os 65 mil espetadores, o Estádio do Dragão, no Porto, e o Estádio José Alvalade, também na capital, ambos com aproximadamente 50 mil lugares, são os únicos recintos nacionais que correspondem às exigências da FIFA para acolher encontros de Mundiais.

FOTOS: Os estádios candidatos a receber jogos do Mundial2030

De recordar que a FIFA exige estádios com lotação para 80 mil pessoas para o jogo inaugural (no Estádio Centenário) e 60 mil pessoas para os palcos dos jogos das meias-finais. Isso quer dizer que em Portugal apenas o Estádio da Luz tem condições para receber os jogos das semifinais da prova. O Camp Nou (Catalunha), o Metropolitano e o Santiago Bernabéu (ambos em Madrid) são os outros possíveis palcos das meias-finais.

Em entrevista ao programa Hora da Verdade, da Renascença e do Público, o secretário de Estado do Desporto, João Paulo Correia, garantiu que “não haverá construção de novos estádios em Portugal” e não descartou que o país seja solução para as fases mais adiantadas do torneio. “Nesta altura não há portas fechadas. Está ainda a ser construído o dossier de candidatura”, explicou.

Em condições normais, o Santiago Bernabéu seria a escolha natural para receber a final, mas Marrocos ainda sonha em ter a decisão no novo estádio que será construído em Benslimane com capacidade para 113.000 pessoas (maior de África, segundo maior do mundo).

Portugal estreia-se na organização de Mundiais, após já ter recebido o Europeu de 2004, enquanto a Espanha organizou o Euro 1964 e o Mundial 1982, com Marrocos a acolher unicamente a Taça das Nações Africanas (CAN) em 1988, estatuto que repete em 2025.

“Há uma coisa importante, e difícil de se encontrar num processo de candidatura, que é o amor do povo português, espanhol e marroquino pelo futebol. Em Portugal, tivemos essa experiência em 2004, quando organizamos o Europeu. Até hoje, é reconhecido por todas as organizações do futebol que foi o melhor Campeonato da Europa realizado durante os últimos anos. O entusiasmo, força e paixão destes três povos fará com que este Mundial marque uma era e seja o melhor realizado pela FIFA”, ambicionou Fernando Gomes, presidente da FPF, após a entrega da carta oficial à FIFA de intenção de Portugal, Espanha e Marrocos à organização do Mundial 2030, um dos requisitos do processo de candidatura.

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