Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the bdthemes-element-pack domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /var/www/vhosts/clubebet.com/sitesdeapostasdesportivas.com/wp-includes/functions.php on line 6121
Rafael Pacheco: Lição tática de Amorim no clássico com o FC Porto – Sites de Apostas Desportivas

Rafael Pacheco: Lição tática de Amorim no clássico com o FC Porto

Muitas coisas surpreenderam nesta partida e até antes do apito inicial da mesma. Rúben Amorim decidiu colocar Eduardo Quaresma que tinha apenas pouco mais de 50 minutos face à ausência de última hora de Coates por lesão. Matheus Reis fez a ala esquerda em detrimento de Nuno Santos – como já vimos anteriormente, Rúben Amorim prefere o brasileiro ao português em jogos deste nível para lhe garantir maior estabilidade defensiva. Depois de estar em dúvida, Geny Catamo fez a ala direita, deixando Ricardo Esgaio no banco.

E parece que Rúben Amorim ganhou nas alterações. Eduardo Quaresma e Geny Catamo quase sempre ganharam os duelos individuais com Galeno e Gyokeres superiorizou-se a Pepe, originando inclusive um golo a partir de um duelo individual entre os mesmos. Hjulmand e Morita encheram o meio-campo sportinguista, sendo fundamentais a recuperar a posse de bola no setor intermédio.

Muitos destaques individuais, mas colectivamente onde é que o Sporting foi superior ao FC Porto?

O FC Porto optou por aplicar uma pressão alta onde geralmente é exímio porém não conseguiu ganhar a posse de bola através da mesma. Pressão essa que se iniciou a partir do momento do pontapé de baliza do Sporting, sendo a mesma realizada homem a homem (Galeno fechou a linha de 5 preocupado-se com Geny Catamo). O Sporting, com calma, conseguiu sair dessa pressão ao usar Adán como elemento que criou a vantagem numérica, mas também através das ações técnicas de qualidade dos intervenientes no momento do passe.

A partir do momento em que esta pressão era ultrapassada, existiam contra movimentos por parte dos jogadores do Sporting, com Pote geralmente a procurar um passe em apoio e Gyokeres exímio a procurar a profundidade com movimentos de rotura. O primeiro golo surge através de um movimento do sueco que com um ressalto ganha a frente a Pepe e coloca a bola dentro da baliza de Diogo Costa.

VÍDEO: O 1.º golo de Gyokeres

Já o Sporting optou por um bloco médio, focando-se sobretudo em defender de forma compacta esperando o momento certo para pressionar os dragões. Já destacamos o meio-campo leonino, mas tem de existir um destaque defensivo ainda para Pedro Gonçalves – bem posicionado defensivamente, muito forte a reagir à perda e sempre concentrado a antecipar passes dos homens de Conceição.

Reação à perda e antecipação. Estes dois aspetos defensivos foram a grande diferença entre as duas equipas, com clara vantagem para o Sporting. Antecipação (de Quaresma) que só não alavancou o resultado porque o golo de Gyokeres foi anulado por uma falta de Eduardo Quaresma. Sérgio Conceição poderia sair contente ao intervalo por apenas estar a perder por 1-0 numa primeira parte praticamente toda ela controlada pelo Sporting.

Se Conceição trouxe alguma estratégia para a segunda parte, não houve tempo para vê-la em prática. Pepe foi expulso muito cedo por teórica agressão e o FC Porto jogou toda a segunda parte em inferioridade numérica.

Num momento de inspiração, Geny Catamo encontrou uma vez mais Gyokeres em movimento de rotura, a ganhar em velocidade à linha defensiva do FC Porto que só teve de passar para o lado para Pedro Gonçalves finalizar.

VÍDEO: O 2-0 do Sporting, de Pedro Gonçalves

Sérgio Conceição tentou mexer na partida com algumas alterações, Rúben Amorim também as fez mas, apesar do FC Porto tentar ir atrás de mudar o resultado, pouco conseguiu criar. O Sporting soube muito bem sair em transições ofensivas e só não ganhou uma maior vantagem por alguns pormenores – decisões de arbitragem e tomadas de decisão em último terço. Amorim especificou em flashinterview que Pedro Gonçalves apareceu muitas vezes sozinho no lado contrário da bola, sendo que a bola não lhe chegou.

A partida pode dividir-se em duas partes: antes e depois da expulsão de Pepe. As duas forma controladas pelo Sporting. Vitória justa da equipa de Rúben Amorim.

PS: Rafael Pacheco, treinador e analista de futebol, tem nas bancas o livro ‘Rogerball – O Benfica de Schmidt’, onde analisa a época do Benfica em 2022/23, que levou os encarnados ao título de campeão nacional e aos quartos de final da Liga dos Campeões.

$$caption$$

Artigos Relacionados