O Estrela da Amadora esperou até à derradeira jornada para assegurar a manutenção na temporada de regresso à I Liga portuguesa de futebol, apoiado numa forte massa associativa para superar um ano com adversidades.
Com o treinador Sérgio Vieira a manter-se depois de fazer retornar os amadorenses ao principal escalão, do qual já não faziam parte desde a descida administrativa na época 2008/09, a expectativa entre os adeptos era grande, mas as dificuldades foram muitas.
Sobretudo durante a primeira volta, o Estrela da Amadora chegou mesmo à dezena de futebolistas entregues ao departamento médico, com o setor defensivo a sofrer várias adaptações e até o guarda-redes suplente da equipa B teve de ser utilizado num duelo.
Isso sucedeu numa das piores fases da temporada, em que os ‘tricolores’ ficaram sete jogos sem vencer, da 14.ª à 20.ª jornadas, numa altura em que o Campeonato Africano das Nações (CAN) ‘roubou’ Gaspar e o mercado de inverno veio ‘revolucionar’ todo o plantel.
Para fazer face às ondas de lesões, o Estrela da Amadora contratou oito futebolistas e atacou a segunda volta com um plantel bastante alargado, com 31 atletas, mas, apesar de o boletim clínico ter ficado mais reduzido, a situação na classificação não melhorou.
Os ‘estrelistas’ tiveram apenas um triunfo longe de casa em toda a prova, na visita ao Casa Pia, e apresentaram o segundo pior ataque, com 33 golos somados, só superados pelos 31 do despromovido Vizela, o que fez ‘arrastar’ as contas até ao epílogo da I Liga.
Da 26.ª à 33.ª e penúltima jornadas, deu-se a pior sequência da temporada, ao empatar cinco vezes e perder outras três, duas delas com desaires pesados, perante Farense (3-0) e Vizela (4-0), até que a vitória tangencial na última ronda (1-0 ao Gil Vicente) fez o clube respirar de alívio.
Para esse triunfo com o Gil Vicente, contribuiu Kikas com mais um golo, que cimentou o seu posto de melhor marcador do clube na competição, com oito tentos.
O avançado juntou-se a Gaspar na lista de jogadores em destaque na temporada, além de Hevertton Santos, que se afirmou, após um ano de menor utilização, ou ainda os reforços Léo Cordeiro e Léo Jabá, fundamentais desde a sua contratação no defeso.
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