Mais de uma década depois, a revelação é feita por Óscar Cardozo, há sete épocas a jogar no Paraguai ao serviço do Libertad.
Contratado pelo Benfica em 2010, o agora guarda-redes do Atlético de Madrid – clube que representa há 10 temporadas – não conseguiu agarrar a titularidade assim que chegou à Luz.
Aliás, nas primeiras quatro temporadas, o guardião esloveno esteve emprestado pelas águias a quatro clubes diferentes: Beira-Mar, Olhanense, Leiria e Rio Ave. Mas tudo mudou em 2013 e por causa de uma só pessoa: Óscar Cardozo. O antigo atacante das águias revela agora que foi ele próprio a impedir um novo empréstimo de Oblak, após uma conversa inesperada com Luís Filipe Vieira.
“Vou contar um segredo: ele ia ser emprestado e nessa altura o presidente [Luís Filipe Vieira] chamou-me, a mim e ao meu empresário. Sentámo-nos no escritório com ele e nesse momento chegou um papel com uma fotografia do Oblak. “Que se passa, presidente?”, perguntei. “Vai ser emprestado”, respondeu. “O Oblak vai ser emprestado? Não pode, é o melhor guarda-redes que temos”. Vieira perguntou-me se eu estava a falar a sério e eu disse que sim. Ele acabou por ficar, acabou por ser titular e foi vendido ao Atlético de Madrid.”
Questionado sobre qual terá sido o guarda-redes a quem foi mais difícil marcar golos, Cardozo não tem dúvidas: Jan Oblak. “No final dos treinos, ficávamos a treinar finalização e custava-me muito fazer-lhe golos”, recordou.
Aos 30 anos, o internacional esloveno mantém-se como titular no Atlético de Madrid há uma década, afirmando-se como um dos melhores do mundo na posição.
Chegou a Espanha precisamente vindo do Benfica, que recebeu dos ‘colchoneros’ 16 milhões de euros pelo passe do guardião. Nessa mesma época, a última na Luz, foi considerado o melhor guarda-redes da I Liga.
Por fim, impõe-se a pergunta: Se Óscar Cardozo não tivesse aparecido naquele instante, onde estaria agora Jan Oblak?
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