Na apresentação da Academia de formação do FC Porto, que terá lugar na Maia, o presidente do clube azul e branco criticou os que o acusam de usar a obra como trunfo eleitoral e deixou um recado a Villas-Boas, que defendia o adiamento da decisão sobre as novas instalações para depois das eleições.
“Dizer que isto é um trunfo eleitoral é ridículo. Dizer que devíamos passar isto para depois das eleições é inacreditável. Então teríamos, em janeiro, quando já se sabia que havia duas candidaturas, não podíamos ter contratado o Otávio, renovado com o Galeno, porque quem viesse podia não gostar do Galeno. A vida do FC Porto não para”, lembrou.
Sem perder uma oportunidade para se dirigir a Villas-Boas, ainda sem nunca referir o nome do também candidato às próximas eleições, Pinto da Costa lamentou o tom da campanha eleitoral.
“Temos assistido a uma campanha em que só se diz mal de tudo. Há quatro ou cinco meses, eu ia ser o presidente dos presidentes, deixava um legado fantástico, tinha feito uma obra de referência, até ao dia em que me candidatei. A partir daí está tudo mal, os 2566 títulos que ganhámos nas minhas direções não existem, o estádio, o pavilhão e o museu que fizemos nas minhas direções já não existem. Querem transformar o FC Porto num clube que compre uns canteiros do lado do rio onde nada disto poderia ser feito”, vincou, lembrando que o projeto é uma promessa sua já antiga.
“Há quatro anos prometi que ia fazer uma Academia, sendo uma das condições para me recandidatar. Isso, passar aos oitavos de final [da Liga dos Campeões] e sairmos dos capitais próprios negativos. É um trunfo para o FC Porto para ser cada vez melhor na formação dos nossos jogadores”, reconhecendo que as infraestruturas atuais estão aquém dos pergaminhos do clube, cuja formação tem trabalhado com “condições precárias”.
Por fim, garantiu continuar a ter a mesma paixão pelo cargo que ocupa há 42 anos.
“Continuo com a mesma vontade de há 42 anos, com a mesma paixão de pôr o FC Porto a ganhar. Para mim, 2566 títulos é pouco. Para ganharmos mais, é fundamental este projeto. Por isso, estou feliz hoje, estou feliz pelos dirigentes da formação, pelos treinadores, pelos jovens que nos dão tantos títulos com condições tão precárias”.





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