O treinador do Vitória de Guimarães, Rui Borges, projetou hoje um “bom jogo” com o Nacional, entre equipas “bem organizadas”, e pediu aos vimaranenses motivação para voltarem aos triunfos, na 15.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol.
Depois dos empates com o Rio Ave (2-2), para o campeonato, e com os italianos da Fiorentina (1-1), na conclusão da fase de liga da Liga Conferência, o técnico realçou que os seus jogadores têm de estar “muito motivados”, à semelhança de quinta-feira, perante uma “grande equipa da Europa”, para derrotarem os madeirenses, na segunda-feira.
“Será um bom jogo, entre duas equipas que gostam de jogar bem, com um futebol bastante positivo. São equipas que gostam de ter bola e bem organizadas sem ela. Será uma boa partida para se ver. Espero que a equipa dê a resposta que tem dado. Queremos estar motivados, cientes de que, do outro lado, está uma boa equipa”, disse, na antevisão ao desafio marcado para as 18:45, em Guimarães.
O ‘timoneiro’ vitoriano realçou que os seus pupilos têm de “mandar no jogo” e de “criar muitas situações de finalização” para superarem um adversário que “valoriza o jogo, não se encolhe e gosta de pressionar alto”, com “valores individuais interessantes”, sob o comando do treinador Tiago Margarido.
Ao ‘leme’ da equipa que mais rematou na fase de liga da terceira prova de clubes da UEFA (137 vezes) e que mais cantos bateu (43), números que se traduziram no quarto melhor ataque, com 13 golos, Rui Borges vincou que a melhoria da eficácia depende da “qualidade individual” e dos “momentos de inspiração” dos seus jogadores.
“Preocupava-me se não criássemos situações de finalização. Temos tido imensas aproximações. Dentro da qualidade coletiva, os golos vão acontecer com maior naturalidade. Se os nossos jogadores finalizassem todas as situações que têm tido, o presidente vendia 10 jogadores em janeiro”, brincou, numa fase em que os minhotos têm o sexto melhor ataque na I Liga, com 18 tentos.
Face às lesões dos dois pontas de lança mais utilizados no plantel, Nélson Oliveira e Chucho Ramírez, o técnico colocou o extremo Gustavo Silva no eixo do ataque perante os ‘viola’ e enalteceu as “qualidades diferentes” que o jogador brasileiro dá à equipa, bem como “a confiança e a disponibilidade para ajudar”.
O treinador natural de Mirandela referiu também que os outros pontas de lança integrados no plantel, José Bica e Dieu-Merci, podem “ser soluções”, apesar de precisarem de “adaptação, trabalho e tempo”.
Com o regresso da Liga Conferência agendado para março, mês em que se disputam os oitavos de final, o Vitória vai passar a competir uma vez por semana em janeiro e em fevereiro, facto que permite mais treinos de aprendizagem, mas que também constitui um desafio “a nível mental”, pela necessidade de motivar um grupo habituado a ciclos intensos, acrescentou.
O Vitória de Guimarães, sexto classificado da I Liga portuguesa, com 22 pontos, recebe o Nacional, 14.º, com 12, em partida da 15.ª jornada, marcada para as 18:45 de segunda-feira, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, com arbitragem de João Pinheiro, da Associação de Futebol de Braga.